31.3.07

43 anos do Golpe Militar

Hoje (31 de março de 2007) faz 43 anos que o general Castelo Branco coordenou o Golpe Militar no Brasil derrubando João Goulart, em 31 de março de 1964. Aproximadamente metade da população atual não havia nascido, mas sofreu as conseqüências do golpe. Os acadêmicos atuais não imaginam a proporção do que ocorreu na era de seus pais com o Golpe Militar de 1964: perseguições, assassinatos, desaparecimento de políticos, estudantes, sindicalistas, religiosos...
Não me parece isolado a greve dos controladores de vôos no Brasil em plena passagem de 30 para 31 de março de 2007. Pensado ou não, estão contribuindo e derrubando os últimos resquícios dos militares no Brasil por meio do controle dos vôos e espaço aéreo brasileiro. Chega dos militares agindo arbitrariamente como denunciado pelos controladores: ameaçando, perseguindo, removendo e prendendo controladores.
Recordo-me que em pleno momento do Golpe Militar, quando eu ainda era criança, entre 1971 e 1973, nós estudantes primários realizamos uma manifestação/paralização/passeata na Escola em que estudava para evitar a troca do diretor Alaert, em Cafezal – atualmente Cafezal do Sul/PR -, troca truculenta pela administração pública de Iporã. Em uma passeata fomos acompanhados e amedrontados por várias viaturas da polícia deslocadas de Iporã para acabar com a manifestação e passeata que realizamos pelas ruas de Cafezal (tempo bom foi aquele).
Até hoje não esqueço o quanto foi válido minha primeira experiência e participação em mobilização social e política. Era uma época de perseguições e de desaparecimento de estudantes que não era divulgado na Escola. Sofremos pressões, mas garantimos a continuidade do diretor que penso ainda estar vivo.

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