26.6.08

Comitê de Apoio à Reforma Agrária do Noroeste do Paraná

Nós, da Associação de Reflexão e Ação Social da Arquidiocese de Maringá, dos Movimentos Sociais Populares Urbanos e Rurais de Maringá e Região, da Assembléia Popular do Paraná e da Via Campesina do Paraná; oficializamos na data de hoje, dia 25 de junho de 2008, no plenário da Câmara Municipal de Maringá, o lançamento do Comitê de Apoio à Reforma Agrária do Noroeste do Paraná.
É sabido que esta importante bandeira de luta de todos os trabalhadores, que efetivamente ficou provado na história, como propulsora de desenvolvimento social, geradora de renda e distribuidora de riqueza: a Reforma Agrária vem, nas últimas décadas, sofrendo seguidos ataques da ferramenta ideológica oposta: o Agronegócio, que é o acelerador de expulsões de populações do campo, consecutindo em miséria social, aumento de violência, concentração de riqueza e agressão à biodiversidade.
Este fato é comprovadamente sentido também na nossa região noroeste do Paraná, aos quais neste lançamento, apresentamos três situações típicas de tentativa de retardar a Reforma Agrária.
São os casos:
- Pré – Assentamento Padre Josimo – Cruzeiro do Sul / PR.
- Escola Milton Santos – Maringá / PR.
- Pré – Assentamento Oito de Março - Guairaçá / PR.
(Vão em anexo a esta carta o histórico destas áreas e suas situações atuais).
Por isso, nós, as entidades e personalidades que abaixo assinamos, constituintes deste comitê, estaremos em constante vigilância a todas as ações que violem os direitos humanos, o direito dos trabalhadores do acesso à terra, ao trabalho e à renda.
Enfim, este comitê se compromete em ser uma ferramenta em que, além de acompanhar os trabalhadores e denunciar a opressão aos mesmos, se conformará como um instrumento de cobrança para que se avance a Reforma Agrária na nossa região, assim como em todo o Brasil.

Maringá, 25 de Junho de 2008.

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FATO 1:
Histórico do Pré Assentamento Padre Josimo
Cruzeiro do Sul – Paraná

A ocupação da simbólica Fazenda Dora Lúcia, localizada no município de Cruzeiro do Sul e situada 70 Km à noroeste de Maringá, se deu de forma completa em duas datas: em 06 de Dezembro de 1996 e em 14 de Janeiro de 1997. Passando-se a ser denominada de Pré – Assentamento Padre Josimo.
De notável improdutividade, o latifúndio de 716 hectares foi vistoriado pelo INCRA, ainda no começo do primeiro semestre de 1997, caracterizando-se como improdutivo, fato que de pronto a destinaria para fins de reforma agrária.
As 45 famílias ocupantes, mais de 200 pessoas, durante todo o ano de 1997 e também durante o ano de 1998 tiveram que realizar duas saídas da área (entre acordos de vistoria feita pelo INCRA e desalojamento feito pela Polícia Militar). Ficaram à margem da estrada que circundava o latifúndio, por até oito meses, quando ainda neste período entraram na área, permanecendo até os dias de hoje.
A fazenda, apesar de ser economicamente improdutiva, era um símbolo da soberba latifundiária da região. Este fato motivou a presença e a circulação de inúmeros membros de milícias privadas e ilegais durante os dois primeiros anos da ocupação. As intimidações moral e ameaças físicas eram constantes, o que criava um clima de aterrorização às famílias acampadas.
No começo desta década atual, no entanto, os representantes jurídicos do latifundiário, realizaram em cartório a subdivisão da fazenda, para descaracterizá-la como extensa e por conseqüência derrubar a decisão administrativa de improdutividade do INCRA.
Este fato criou uma estagnação em qualquer processo que avançasse na Reforma Agrária nestes últimos 08 anos.
Porém, no início de 2008, a Justiça Federal derrubou a liminar de subdivisão da área, e a Fazenda Dora Lúcia retornou ao caráter de improdutiva e portanto, novamente passível de reforma agrária.
E este é o anseio das famílias acampadas e de toda a sociedade apoiadora da reforma agrária, já que o pré assentamento Padre Josimo já completará 12 anos de resistência e luta e que por tudo o que representa é uma realidade política e jurídica de assentamento de reforma agrária, trazendo dignidade às 45 famílias e desenvolvimento social e econômico regional.

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FATO 02:
Escola Milton Santos
Maringá - Paraná

A Escola Milton Santos, responsável pela formação de Técnicos em Agropecuária, com ênfase em Agroecologia está localizada em Maringá, região noroeste do Estado.
A Escola está situada numa área pública, na Gleba Ribeirão Colombo, na divisa com o município de Paiçandu. O local foi cedido oficialmente em 2004, por 20 anos, em concessão de uso a título gratuito, pela Prefeitura do Município de Maringá (PMM), ao Instituto Técnico de Educação e Pesquisa da Reforma Agrária (ITEPA) e à Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Foram concedidos à escola cerca de 79 hectares de terra, numa área totalmente degradada, onde antes haviam ruínas de um projeto de indústria de cerâmica que jamais funcionou e serviam como depósito de lixo e espaço de prostituição. Além de que, as áreas agricultáveis estavam degradadas pela extração de terra e cascalho.
A construção da Escola Milton Santos teve início ainda em junho de 2002, com a implantação de um Centro de Educação e Capacitação para o desenvolvimento da Agroecologia. Um espaço de formação de trabalhadores rurais e urbanos. A escola já contemplou a formação de uma turma de educandos e atualmente possuiu outras duas turmas em andamento do curso técnico em agropecuária com ênfase em agroecologia.
Processo No final de 2004, a escola foi notificada que dois hectares da área haviam sido doados à Secretaria de Estado da Justiça, para construir uma Casa de Detenção Provisória. Obra que por sinal já foi até inaugurada.
Ao verificar a “dupla concessão”, foi constatado que cerca de 6,5 hectares (cedida ao projeto da Escola Milton Santos), estava registrada em outra matrícula. Isso deixava de fora a concessão da sede da escola, onde funcionam sala de aula, refeitório, cozinha, biblioteca, sala de informática, secretaria, ciranda infantil, banheiros e alojamento. Para tentar solucionar o problema, no dia 11 de março de 2006, foi realizada uma audiência, com o atual prefeito municipal, representantes do ITEPA e o reitor da UFPR. Durante a audiência foi pedido ao prefeito a regularização da área onde está a escola. O prefeito solicitou o projeto pedagógico da Escola para análise, para depois se posicionar. O projeto lhe foi entregue.
A Prefeitura, no entanto, não deu nenhum retorno do pedido, prejudicando, a execução de novas construções e a continuidade das reformas.
Surpreendentemente, em junho de 2006, a escola foi notificada da reintegração de posse dos 4,5 hectares da área. A justiça estabeleceu um prazo de 10 dias, para a desocupação da área. Um documento provisório propiciou a permanência na época.
Passado mais algum tempo, em fevereiro de 2008, uma nova surpresa, mais um pedido de reintegração de posse. Isto, posto, o juiz da vara cível aonde se encontrava o processo pediu para que a escola peticionasse sua defesa. No dia de julgar o fato, a procuradoria da prefeitura retirou o pedido de reintegração por um prazo de seis meses. Sendo que este prazo vencerá ao final do mês de agosto deste ano.
Este fato da escola, porém, representa uma insensibilidade política, pois a mesma não representa ônus algum ao município. Compete ao poder executivo retificar o erro técnico de concessão, sendo desnecessário a interveniência do poder judiciário.
No entanto, o processo agora já foi transladado à Justiça Federal, pois a Universidade Federal do Paraná faz parte formal do mesmo.

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FATO 03:
Acampamento 8 de Março
Resistência à violência no campo: luta pela reforma agrária

Aproximadamente 250 famílias constituem o acampamento 8 de Março desde março de 2007, na antiga Fazenda Videira de 1.231 hectares, situado entre os Municípios de Guairaçá e Terra Rica, a 140 Km de Maringá.
A área foi considerada improdutiva pelo Instituto Nacional de Colonização da Reforma Agrária e declarada de interesse para reforma agrária pelo Sr. Presidente da República em decreto presidencial de 1° de dezembro de 2006.
Desde a ocupação para pressionar as autoridades e fazer valer as disposições constitucionais e legais para a Reforma Agrária, as famílias realizam uma resistência heróica para permanecer na área, pois são vítimas constantes de ataques, ameaças, constrangimento, opressão por parte de grupos paramilitares privados armados que possuem ligação com a UDR e o agronegócio da cana de açúcar que pretendia realizar negócios com a antiga proprietária para a expansão da monocultura.
Foram até a presente data 12 ataques, todos com armas de fogo, com 15 pistoleiros presos, o que motivou denúncia em diversos organismos governamentais e não governamentais para a rigorosa apuração dos fatos. Em diversas ocasiões as famílias ficaram sem água e luz por terem as instalações danificadas por disparos de arma de fogo. No último final de semana se intensificaram os ataques.
Atualmente as famílias já produzem mandioca, verduras, frutas e outras culturas, conseguindo alcançar o autossustento de produção básica. Possui uma escola no interior do acampamento que atende aproximadamente 50 crianças e adolescentes. Não há reintegração de posse até a presente data, e antiga proprietária utiliza de expedientes protelatórios jurídicos para tentar impedir o projeto de assentamento, mesmo o INCRA tendo autorizado pagar a título de indenização, R$ 10 milhões de reais por uma propriedade improdutiva.

23.6.08

Paulo Freire - Método

Paulo Freire dando aula (1) - suas reflexões

Paulo Freire dando aula (3) - suas reflexões

Paulo Freire dando aula (2) - suas reflexões

Paulo Freire - a última entrevista - parte 2

Paulo Freire e a Teologia da Libertação

Paulo Freire dando aula - reflexões

Paulo Freire, marxismo e os favelados

Paulo Freire: O MST e a busca da autonomia

Paulo Freire - a última entrevista - parte 1

Tudo indica que esta foi a última entrevista de Paulo Freire, realizada em 1997. Esta é a primeira parte, que foi subdivida em outras pequenas partes.

Paulo Freire se auto apresenta - parte 2

Freire se auto apresenta e fala de suas ações, experiências, família, seu estado...
Parte 2 do vídeo

Paulo Freire se auto apresenta - parte 1

Paulo Freire se auto apresenta. Fala de si, de sua família, do Rio Grande do Norte, de suas ações, de suas experiências...
Parte 1 do vídeo

16.2.08

MÃES DE VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA – JUSTIÇA E PAZ

NOTA PÚBLICA
“A casa em construção sempre é alvo da cobiça alheia”
A Associação de Mães de Vítimas da Violência – Justiça e Paz vem a público prestar alguns esclarecimentos, por amor a verdade e em respeito à construção dos movimentos sociais de forma livre e independente, revestindo de legitimidade as bandeiras de lutas dos cidadãos (ãs), sem qualquer direcionamento político e partidário:
1) Em janeiro do corrente ano a Associação de Mães passou a ser consultada por membros da ong residentes no Conjunto Santa Felicidade, sobre abordagens da Prefeitura do Município de Maringá, no sentido de que famílias daquela comunidade seriam retiradas do bairro, inclusive com visita de fiscais da prefeitura com notificação nas mãos e documentos para sua aceitação da imposição da administração pública municipal;
2) Diante das insistentes reclamações de mães moradoras no bairro, em 18.01.2008, a presidente da ong reportou-se a advogada da Associação de Mães de vítimas da Violência ( que desde a fundação da organização das mães, sempre esteve ao lado da luta das mesmas, contra as violências cometidas contra crianças e adolescentes);
3) Em 19.01.2008 a presidente da ong, acompanhada pela advogada, foram ao Conjunto Santa Felicidade colher informações e relatos das mães moradoras do bairro, a situação era crítica e recomendava uma ação contundente capaz de barrar as ações da municipalidade local;
4) Em data de 21.01.08 foi realizada a primeira reunião com moradores do conjunto, fruto do trabalho de uma das mães residentes no bairro;
Nessa reunião restou assente que os moradores deveriam se reunir e organizar-se, pois assim teriam apoio, respaldo e contribuições de várias organizações não – governamentais, movimentos sociais e entidades da cidade de Maringá, entendendo que todo o processo de construção popular deve partir de seus atores, para revestir-se de legitimidade, buscando a verdadeira transformação e conquista de seus direitos.
Nesse sentido, o movimento de moradores em fase de nascimento, decidiu que o mesmo seria livre e independente, sem qualquer vínculo político e partidário, sendo vedada a participação de políticos institucionais, agremiações partidárias e organizações estranhas a luta dos moradores.
Para dar visibilidade a luta e em perfeita consonância com os objetivos da ong, que era exatamente barrar o processo de retirada dos moradores, sem qualquer discussão mais profunda com os mesmos, em 31.01.08 a mesma lançou o Manifesto ONG pede apoio e solidariedade aos moradores do Santa Felicidade.
Esse documento se viu veiculado nos meio de comunicação, especialmente em Blog’s, como o do Ângelo Rigon, que desde o início deu respaldo a luta dos moradores, contra a ânsia felina da municipalidade local.
Em 02.02.08 foi realizada novamente reunião no bairro, mas dessa vez com a presença de organizações não – governamentais, movimentos sociais, entidades e jornalistas, para ouvir os moradores e manifestar seu apoio.
Nessa oportunidade também foi retirada uma comissão de moradores que seriam responsáveis pelos encaminhamentos ao processo de organização dos moradores de forma livre e independente, restando a comissão de apoiadores o apoio e a contribuição no processo de construção da organização dos moradores.
O árduo compromisso da Associação de Mães de Vítimas da Violência – Justiça e Paz, que se perfaz pela longa caminhada de trabalho contra as injustiças sociais, violência policial e luta pelos direitos das crianças e adolescentes, acabou emprestando transparência e visibilidade a luta dos moradores, especialmente as mães do bairro Santa Felicidade, transferindo para a sociedade o anseio dos moradores de manter-se no bairro, juntamente com a necessidade de construção do projeto ideal pelos seus próprios atores, acolhendo os interesses da coletividade do Conjunto Santa Felicidade.
O movimento atingiu seu alto relevo na esfera dos meios de comunicação, incitando o debate na esfera municipal, estadual e nacional.
A Associação das Mães de Vítimas da Violência – Justiça e Paz sempre se esmerou pela liberdade e independência, nenhuma das mães possuem orientação política ideológica e partidária, lutando tão somente pela cristalização dos direitos humanos no seio da sociedade, especialmente no tocante a luta das mães em face das drogas e pelos direitos da criança e adolescentes. Nesse sentido para atender aos anseios da ong, sua advogada dirigiu sua desfiliação ao PT, agremiação onde manteve-se por mais de 20 anos.
A luta das mães pelos moradores do Conjunto Santa Felicidade alçou vôo, transparência e visibilidade, sendo alvo dos meios de comunicação a nível municipal, estadual e nacional, isso se justifica pelo respeito e forma singular de trabalhar as questões sociais, sendo nesse período que se registra as incursões na mídia, junto com o depoimento de moradores do próprio bairro, indicando o forte anseio dos mesmos de se reunirem e se organizarem de forma pacífica, falando inclusive de suas expectativas, basta atentar-se aos jornais e inserções em nível municipal, estadual e nacional.
Sendo descabida qualquer afirmação contrária, visto que é público e notório que o Conjunto Santa Felicidade tem uma Associação de Bairro e seus moradores nunca se interessaram por sua própria organização, sendo que a ONG emprestou sua visibilidade e transparência para reunir apoios importantes na jornada pela habitação dos moradores, por causa exatamente da falta de sensibilidade da referida associação de bairro.
(O ser humano carrega em si sentimentos diversos, mas alguns deles de natureza extremamente negativa se externam e acabam causando destruição, trazendo prejuízos de toda ordem a toda uma organização em fase de nascimento.)
O ímpeto espírito de luta pela moradia, sonho de milhões de brasileiros dessa vasta pátria chamada Brasil, deve continuar seu caminho, a luta dos moradores em face da ameaça de serem tomadas suas habitações segue seu curso, registrando-se que a Ong emprestou seu nome e sua posição nos movimentos sociais, pela necessidade de respaldo das mães do bairro Santa Felicidade, sendo a resistência constituída na sua grande maioria por mulheres em defesa de sua casa – santuário de suas famílias – vislumbrando a necessidade precípua que os moradores se organizem e busquem o caminho da solução de seus problemas.
Registre-se que as mães alcançaram seu objetivo, a PARALISAÇÃO DAS ABORDAGENS DA PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ EM FACE DOS MORADORES DO SANTA FELICIDADE, cumprindo seu importante papel na defesa dos direitos daquela comunidade.
Nesse momento, a ASSOCIAÇÃO DE MÃES DE VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA – JUSTIÇA E PAZ, se RETIRA DO MOVIMENTO DOS MORADORES DO CONJUNTO SANTA FELICIDADE, (ressentindo a incompreensão com seu papel exercido nesse momento em benefício das mães daquele bairro), para que os moradores busquem a sua organização de forma livre e independente, com inspiração nos seus próprios anseios, visando conquistar legitimidade e força junto as demais organizações, movimentos sociais entidades de Maringá.
LEGITIMIDADE E VISIBILIDADE SE CONQUISTA COM CONSTRUÇÃO, AO CONTRÁRIO É TIRANIA
ASSOCIAÇÃO DAS MÃES DE VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA – JUSTIÇA E PAZ

7.2.08

O tempo de espera nos bancos

LEIA COM ATENÇÃO O DEPOIMENTO ABAIXO!
Recebido por e-mail
"Vivi hoje uma experiência que confirmou uma suspeita. Há cerca de um mês eu entrei no Banco XXXX para fazer um pagamento e, quando vi o tamanho da fila, pensei: "Vou ficar horas aqui dentro". Foi quando me lembrei da lei que entrou em vigor na capital paulista (e no Brasil), que regula o tempo máximo de espera em fila bancária.
Salvo engano, são 20 (vinte) minutos em dias normais, e 30 (trinta) em dias de pagamento de pensionistas do INSS. Assim sendo, solicitei a um funcionário a senha com o horário de entrada na fila, pois se o tempo excedesse eu encaminharia o papelucho para a Prefeitura multar o banco.
Entrei na fila, e notei que de repente aquele apito que sinaliza caixa desocupado, começou a tocar com maior freqüência, e a fila foi diminuindo rapidamente.
Quando cheguei ao caixa, ele solicitou a senha para autenticar, e eu fiquei intrigada. No meio de tantos clientes, como ele sabia que a senha estava comigo????
Examinei então os dois horários, entrada e saída e constatei... Foram 17 minutos de fila. Ótimo!!! Eu esperava ficar mais de uma hora. Percebi que quando eu pedi a senha, o gerente colocou mais caixas e o atendimento fluiu rapidamente. Hoje, fui novamente ao mesmo banco e dei de cara com a mesma fila imensa.
Não tive dúvida. Procurei um funcionário e pedi a senha. Ele, fazendo cara de ***, perguntou: "Que senha? Não tem senha. Entre na fila."
Eu insisti. Ele disse que não sabia de senha alguma...
Procurei os caixas e notei uma plaquetinha discreta que dizia:
"Se necessitar senha, solicite ao caixa". Pedi a senha ao caixa, e ele fez outra cara de *** e disse: "Que senha?". Parece que os funcionários já estão treinados a não fornecer a senha.
Então eu exigi: "A senha que diz o horário que eu entrei na fila. É lei..." O caixa meio contra vontade forneceu a senha e eu entrei na fila. No início continuou lenta, quase não andava. De repente, o mesmo fenômeno, começou a apitar que não parava mais, e a fila foi rapidamente diminuindo.
Quando cheguei ao caixa, desta vez não foi surpresa, ele pediu a senha pra autenticar, e após a autenticação, ele se virou para uma senhora que circulava por trás dos caixas, com cara de gerentona, e em resposta à pergunta dela de....: "E aí? Tudo bem?", o caixa respondeu. "BELEZA".
- Matei a charada! "BELEZA" foi a constatação que o caixa fez. Fui atendida em 14 (quatorze) minutos.
E a gerentona, então, deu um sinal que eu entendi que seria para alguns dos caixas voltarem para os locais de onde foram retirados para atender ao público.
MORAL DA HISTÓRIA: Existe sim um número de funcionários nos bancos, suficiente para atender dignamente o público, porém eles são desviados para outras funções mais lucrativas, tais como vender seguro por telefone, enquanto os idiotas dos clientes ficam na fila. Eu não fico mais...
Cada vez que entrar em um banco, seja na capital ou em qualquer outro município eu peço a senha com o horário. Vamos lutar por esse direito obtido...
Não sejamos bobos... Temos que insistir para a lei pegar. "
AFINAL, ELES NÃO NOS POUPAM DE NENHUM JURINHO NÉ.....

31.1.08

Em defesa do Santa Felicidade

CARTA A TODOS OS CIDADÃOS DE BEM DESSA CIDADE

Desde os primórdios do ano de 2007, a população maringaense tomou conhecimento de que o Município de Maringá seria contemplado com verbas do chamado PAC – Plano de Aceleração da Economia, plano esse voltado a investimentos em reformas estruturais necessárias a toda sociedade brasileira.
Quando foi veinculado nos meios de comunicação a vinda do recurso, algo em torno de R$ 20.000.000,00 (Vinte milhões de reais), na mesma proporção tivemos conhecimento de que o recurso viria em função de projeto apresentado ao Ministério das Cidades para reurbanização do Conjunto Santa Felicidade.
Obviamente, que os conhecedores das dificuldades do povo do Santa Felicidade olharam com bons olhos o investimento no bairro, imaginando obras e políticas públicas voltadas as necessidades daquela população.
Entretanto, no findar do ano de 2007 e início de 2008, os moradores do Conjunto Santa Felicidade, passaram a serem abordados pela Prefeitura do Município de Maringá, no sentido de que seriam removidos daquela localidade para outros locais, em função do projeto aprovado pelo Governo Federal, prevendo a retirada dos moradores do Conjunto Santa Felicidade.
Em busca de informações, soubemos, através do site do Ministério das Cidades se tratar de um projeto apresentado pelo Município de Maringá para “desfavelamento” do conjunto Santa Felicidade, inclusive fotos insertas no referido site como parte do projeto, até o presente momento, não são reconhecidas como do Conjunto Santa Felicidade.
A partir das escassas informações, pois o município não cede concretamente os detalhes do projeto, os moradores passaram a se reunir para organizar-se e dizer NÃO a essa atitude monstruosa da municipalidade local, buscando alternativas para fazer frente as investidas do governo municipal.
Por essas razões estamos pedindo o apoio de todas as organizações não-governamentais, movimentos sociais, sindicatos, igrejas e de toda sociedade para apoiar e manifestar solidariedade aos moradores do Conjunto Santa Felicidade, pois somente com a ajuda de todos poderão realmente defender seus direitos, especialmente, a habitação – local sagrado onde se preserva a família, base de toda a sociedade.
Assim sendo, contamos com a valiosa compreensão de todos (as) em relação ao problema que os moradores do Conjunto Santa Felicidade estão enfrentando, onde o poder de império se levanta contra seus cidadãos (ãs), visando retirar-lhes sua residência, adquirida as duras penas de seu labor, com muito esforço e muitas lágrimas derramadas durante mais de trinta anos.
Convidamos todos (as) que se sentem solidários a luta pela defesa da moradia dos moradores do Conjunto Santa Felicidade a comparecer sábado às 17:30 na quadra de esporte ao lado da creche do Conjunto Santa Felicidade, onde os moradores estarão reunidos para discutir ações contra o projeto do governo local.

Ong das Mães de Vítimas da Violência – Justiça e Paz

28.1.08

Fome Zero

COMITÊ PARANÁ DA AÇÃO DA CIDADANIA DIVULGA PRESTAÇÃO DE CONTAS DAS DOAÇÕES
EM 2007
O Comitê Paraná da Ação da Cidadania, Contra a Fome, a Miséria e pela Vida distribuiu no ano de 2007 alimentos, brinquedos, livros, roupas e calçados conforme todos podem observar no relatório em anexo (por não ter como anexá-lo, o mesmo pode ser solicitado ao Comitê, pelo endereço abaixo), como parte na Campanha “Natal Sem Fome e dos Sonhos”, evento que se realiza em nível nacional pela entidade e também no ano de 2007.
Foram contempladas milhares de famílias do Estado do Paraná, Associações Assistenciais, igrejas, em vários município do Paraná, em suas áreas urbanas e rurais, vilas, favelas, também para comunidades Indígenas, Comunidades Remanescentes de Escravos (Quilombolas), Acampamentos e Assentamentos da Reforma Agrária e vilas Rurais tradicionais, etc.
Os parceiros foram fundamentais no processo de doação, arrecadação, armazenamento, e distribuição. A Ação da Cidadania não tem palavras para agradecer e ressaltar o empenho a colaboração dos funcionários e voluntários dessas entidades e Empresas: ELETROSUL Centrais Elétricas, CONAB - FOME ZERO, Prefeitura Municipal de Curitiba, Universidade Federal do Paraná - UFPR, RPC - Rede Paranaense de Televisão (Rede Globo), Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Claro, SESC, Copel, Petrobras, Ouro Fino, etc.
Trata-se de um ato de amor, de doação de todos e todas, no mais puro, no sentido de desejar o bem e a realização das pessoas carentes que mais necessitam.
(See attached file: COMITÊ PARANÁ DA AÇÃO DA CIDADANIA - PRESTAÇÃO DE CONTAS - 2007.pdf)
Obrigado e um fraternal abraço! Atenciosamente,
Gilnei Dias Machado
Coord. Ação da Cidadania, contra a Fome, a Miséria e pela Vida - PR
Coord. Ações Sociais Integradas do Programa Luz para Todos - PR
Ministério de Minas e Energia - MME
ELETROSUL - Centrais Elétricas S.A
Rod. Br. 116, n.º 27.458, Curitiba, PR, CEP 81.690-500
Fone: (41) 3316-6022, Fax: 41-3316-6052, Cel.: (41) 9236-0458
"Em resposta a uma ética da exclusão, estamos todos desafiados a praticaruma ética da solidariedade." Herbert de Souza, o "Betinho" - (1993)